Empatia posso afirmar que é uma
habilidade, pois ela é algo que se concentra no ambiente cognitivo, mas ao mesmo
tempo também tem seu fundamento no campo emocional. Por isso enfatizo é uma
habilidade, uma habilidade interpessoal, pois em simples palavras, empatia é a
habilidade de se colocar no lugar do outro.
Uma habilidade escassa em nossa sociedade,
diga-se de passagem. Não precisamos andar muito para percebermos o quanto as
pessoas estão individualistas. Veja alguns exemplos:
Quantas vezes você foi ao super
mercado quando foi estacionar percebeu que havia um carrinho de compras vazio
ocupando a vaga? Quando não acontece de você voltar ao estacionamento após suas
compras e se depara com um carrinho de compras vazio bem na frente ou na
traseira de seu carro? Sem contar alguns motoristas que estacionam o carro de
uma maneira que chega a ocupar duas vagas! Continuando no exemplo do super
mercado, você já deve ter passado pela situação de entrar em um corredor,
contudo não conseguir transitar por ele, porque alguém deixou o carrinho bem no
meio, alguns fazem o favor de atravessar o carrinho no corredor! Mas isso não é uma “virtude”
apenas dos frequentadores de super mercado. No trânsito! Como percebemos a dificuldade das pessoas em se colocar no lugar do outro! Já tentou ultrapassar alguém e o outro condutor acelerou ao invés de diminuir a velocidade. E quando o outro motorista te fecha, você buzina e ele ainda te faz algum tipo de gesto obsceno.
Quantas vezes você foi ao médico e
o doutor, ou doutora mal olhou para você e já disse o que tinha, sem sequer
examinar? Já perdi a conta!
Esta falta de empatia nos
hospitais não é uma exclusividade dos brasileiros, em seu livro FOCO, Daniel
Goleman
afirma que a maioria dos médicos que sofrem ou sofreram algum tipo de processo,
nos Estados Unidos, são justamente aqueles com perfil menos empático possível e
a qualquer erro mínimo, os pacientes ou seus familiares fazem questão de entrar
na justiça contra eles.
Ainda nesta esteira, agora no Brasil. Uma amiga me confidenciou que
estava muito mal, procurou um hospital de seu convênio (um dos convênios mais conceituados
no Brasil). Quando entrou na sala do médico ele perguntou o que ela estava
sentindo, ela relatou, o médico olhou para ela, bateu um carimbo no
receituário, assinou e disse para ela seguir a prescrição. Ela extremamente constrangida
diante da situação indagou: “doutor eu sou este carimbo mesmo? É assim que o
senhor me vê? O senhor não sequer olhou para mim, apenas carimbou. Eu sou isso
mesmo?”
E falta da empatia está em todos
os lugares, infelizmente não apenas nos hospitais, é possível perceber a falta
de empatia nas repartições públicas, a minha sensação sobre os
colaboradores destes lugares, é que eles fazem pós graduação em falta de
empatia com ênfase em falta de educação. No restaurante, em alguns restaurantes parece que você está
fazendo suas refeições gratuitamente! No transporte público então! Sabe aquela
coisa de assento reservado? Parece que não serve para nada, mas percebo muita
falta da empatia principalmente no ambiente trabalho. São colaboradores querendo puxar o
tapete um do outro, superiores fazendo seus colaboradores de capacho, sem
contar aqueles que humilham um colaborador na frente de todos os outros, quando
alguém comete algum erro, na visão dele. Pessoas sendo tratadas como objetos e
quando não servem mais, simplesmente são jogadas fora!
Obviamente não quero generalizar
em nenhuma das situações acima, claro que existem as exceções, mas infelizmente são
exceções mesmo!
É triste!
Existe um antídoto
contra a falta de empatia e quero passar para você no próximo artigo! Não devemos e não seremos escravos do individualismo e da falta de empatia.
Até lá!